sábado, 1 de setembro de 2007

Recall

Instaurado processo administrativo contra Gulliver

Brasília 30/08/07, 16h17 (MJ) - O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), do Ministério da Justiça, instaurou nesta quinta-feira (30) processo administrativo contra a Gulliver - pela não realização imediata do “recall” da linha de brinquedos Magnetix, que estaria colocando em risco a saúde das crianças.

A empresa terá, ainda, que explicar porque decidiu importar esses produtos, apesar de ter conhecimento que de estavam sendo recolhidos pelo fabricante nos Estados Unidos. Ao instaurar o processo, o DPDC argumentou que o recall norte-americano começou em 31 de março de 2006, com uma segunda chamada em 19 de abril de 2007.

A Gulliver importou cerca de 49 mil brinquedos da linha Magnetix, em meados de 2006 e só iniciou o processo de recall no dia 17 deste mês. Ou seja, a empresa só passou a tomar providências com relação à Magnetix cerca de 17 meses após o primeiro recall feito nos EUA.

O problema com os brinquedos da Gulliver é o mesmo apresentado pela Mattel. Os bonecos possuíam acessórios fixados por ímãs que se desprendiam das peças. “A empresa tinha obrigação de conhecer os riscos e o alto grau de periculosidade às crianças que esses brinquedos importados poderiam causar, principalmente, por causa do recall iniciado nos Estados Unidos no ano passado”, disse o diretor do DPDC, Ricardo Morishita.

A Gulliver, por sua vez, alegou que nunca foi notificada por qualquer consumidor sobre acidentes com a linha Magnetix no Brasil. Essa afirmação, conforme consta do processo, representa uma tentativa da empresa de se eximir de responsabilidades, além de não demonstrar preocupação com a proteção à vida, à integridade e saúde de seus consumidores.

Após a notificação, a Gulliver terá 10 dias para apresentar sua defesa. Caso seja condenada, a multa poderá variar de R$ 200,00 até R$ 3.000.000,00.

2 comentários:

Lílian Gleice disse...

O que assusta não é só a demora de se tomar uma providência perante o tamanho do problema, mas a irresponsabilidade da Gulliver em adquirir os brinquedos sabendo que o mesmo possuía o defeito e estava sendo recolhido pelos fabricantes dos EUA. Será que Gulliver realmente não sabia da ameaça e da periculosidade destes para as crianças? Será que elas precisam ser notificadas pelos consumidores para se verificar um possível defeito? Que tipo de empresa é essa que não sabe a qualidade nem a procedência dos produtos que comercializa? Fugir da responsabilidade é fácil, mas carregar uma imagem de irresponsável, sem qualidade, sem valor dos produtos e que estes ainda ameaçam a vida humana não é muito bom. Condenada ela já está sendo, maravilha, então o que vier de multa ou algo parecido é só para eles aprenderem a dá uma qualidade melhor aos seus serviços. Só é uma pena que aqui no Brasil tudo sempre acaba em pizza e mais tarde tudo acontece novamente. Quanto ao Recall é uma pena que esta medida tão simples foi tomada tardiamente, mas mesmo assim não justifica a incompetência e o descaso da Gulliver.

Prof. Gomes dos Santos disse...

Lilian,

Essse tema será objeto do nosso próximo econtro. Vaocê acabou de lançar uma brilahnte idéia.
Parbéns. Estimule também seus colegas para o debate.

Prof. Gomes